Num momento em que a cena hip hop de São Paulo ganha novo
impulso com artistas como Criolo e Emicida, a paulista Negra Li resolveu se
aventurar em novos ritmos. Li deixou o rap de lado temporariamente em seu novo
disco, “Tudo de Novo”, que pende para a soul music.
“Eu fiz essa escolha naturalmente, sem pensar no que vai
pegar agora. Isso prova que eu sou verdadeira, faço o que está no coração, não
importa a moda. Mas o hip hop é uma coisa que faz parte de mim. Hoje o projeto
é este, acho que encontrei a sonoridade que eu queria. Mas nada impede de voltar
ao rap mais tarde”, diz Li.Editado pela Universal, “Tudo de Novo” é o segundo álbum solo da cantora, seis anos depois de “Negra Livre” (2006), e teve produção de Rick Bonadio. “Trabalhar com ele era um sonho que eu tinha. Conheci o trabalho dele na época do programa “Popstars” [do SBT]. Eu via aquelas meninas na TV e tinha o sonho de estar ali. Queria alguém para trabalhar comigo que tivesse aquela visão, que fosse perfeccionista como eu. Fui ficando sempre mais admiradora. Quando nos conhecemos pessoalmente, descobrimos muita coisa em comum”, conta.
O novo disco traz composições de diversos artistas, como Leandro Lehart (ex-Art Popular), Leo Jaime, Leoni, Di Ferrero (NX Zero) e Sergio Britto (Titãs), com quem Li já havia colaborado, que assina “Vai Passar”, “Não Vá” e “Como Iguais”. “É muito difícil encontrar compositores para esse tipo de som. Por isso que não me aventurei a compor muito. Agora já estou mais acostumada com essa sonoridade, posso me aventurar mais”, conta Li, que assina apenas “Volta pra Casa”, em parceria com Khristiano Oliveira.
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